
Apesar dos supostos esforços por parte dos governantes nacionais, continuam os anúncios de despedimentos colectivos.
Em muitos casos são empresas que já teriam recebido fundos do Estado, destinados precisamente a manter a estabilidade das mesmas.
Num estado endividado, dias depois de se saber que o dinheiro que pedimos no exterior nos vai sair ainda mais caro, parece-me de bom senso a responsabilização dos gestores que provocam estes despedimentos, aumentando o flagelo social que é o desemprego.
Caso seja verdade que algumas destas empresas receberam fundos do estado, parece-me justo exigir que o devolvam ou que se averigúe efectivamente o motivo concreto destes despedimentos, que no fundo são a forma mais fácil de manter os lucros.
A desresponsabilização de gestores, quadros superiores, governantes e autarcas em simultâneo com o aumento do desemprego poderá provocar situações de contestação social incomportáveis, criando ao mesmo tempo uma bola de neve que dificilmente deixará de absorver todas as áreas da economia.
O maior problema com que a nossa sociedade se irá debater no futuro será a recuperação dos empregos que agora se vão perdendo, mantendo ao mesmo tempo lucros e inflação em valores aceitáveis.
A continuarmos assim, com este aumento exponencial do desemprego, a crise irá piorar de forma trágica e dolorosa nos próximos tempos, estando a porta aberta para o colapso total da economia, restando-nos a esperança de que o Governo consiga supervisionar e regular todos estes casos, que cada vez irão ser mais frequentes, antecipando-se de qualquer forma e de acordo com a incapacidade que o Estado já demonstrou em situações bem recentes a impossibilidade de controlar este tipo de situações.
Portanto, agarrem-se bem que isto vai doer a alguns...
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