segunda-feira, 30 de março de 2009

Vamos a fechar os olhos senão eu faço-vos desaparecer!

Ao que parece, o novo Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, anda por ai a queixar-se que os magistrados envolvidos no caso Freeport, estão a ser alvo de pressões no sentido de arquivarem o caso. Não diz ao certo de que tipo de ameaças foram os magistrados alvo, se ameaças à família, se ameaças directas às suas pessoas ou se apenas lhes é sugerido fecharem os olhos. No entanto, parece-me que possa ser algo de muito grave, pois o mesmo refere que os magistrados sempre foram alvo de pressões, mas nunca a este nível.
Ao que parece irá ser pedida uma audiência com carácter urgente ao Presidente da República, que irá Cavaco fazer? Será que vai castigar os meninos intimidadores ou vai ouvir e no final dizer que nada pode fazer, que não faz parte das suas competências? Esperam-se os próximos episódios desta nova velha série Freeport...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Portugal dos corruptos



Este País não tem emenda...

Ser diferente

E assim somos todos diferentes.
Se me sinto diferente, é porque o sou de facto, porque penso pela minha cabeça, porque tento analisar tudo como que em 3 dimensões, muitas vezes me assusto com certas perspectivas, mas logo percebo, que é melhor as ter visto do que nunca sequer ter ousado tentar ver aquilo que julgamos óbvio de outro ponto de vista.
Não gosto da normalidade, nem tão pouco da vulgaridade, sempre quis ter coisas que mais ninguém tinha e se vejo alguém com alguma coisa igual à minha, ela naturalmente perde grande parte do seu encanto, isto analisando apenas o plano material, que é o que menos interesse tem nisto de gostar de ser único.
Ser diferente é porém mal visto por muitos daqueles que gostam de ser normais, parecidos a todos os outros, como que desejando constantemente integrar-se nalgum sitio ou grupo, esses que apontam o dedo a quem pensa de forma diferente, a quem se veste de forma diferente, a quem no fundo vive como acha que deve viver.
Ao querer ser diferente, corre-se o risco de se ser intitulado de maluco, de estranho talvez, porém o prazer de saber que funcionamos assim, porque de toda e qualquer posição que possamos ter analisado a situação, esta parece-nos a melhor forma de lidar com ela, ou então apenas porque nos apetece, porque nos sentimos bem, assim, sem mais justificações, supera esse sentimento de facto desagradável, do rebanho nos apontar o dedo em uníssono.
No fundo, acredito que são as pessoas diferentes que fazem evoluir o Mundo, aquelas que experimentam que procuram outros caminhos alternativos. Nunca se sabe quando poderemos encontrar um atalho que nos faça avançar um bocadinho mais rápido...

quarta-feira, 25 de março de 2009

O futuro a alguém pertencerá

No outro dia pensei que tinha realizado a minha boa acção do dia, ao ajudar uma velhota, ainda por cima espanhola, a passar para o outro lado da rua.
Mais tarde, já no quarto de hotel, a minha mente divagou para a problemática do exponencial aumento de idosos a nível Mundial, para o qual essa idosa espanhola, contribui sem sombra de dúvidas. Daqui a 50 anos, terei 79, quase 80 anos e, tendo em conta o desenvolvimento assombroso e assustador da medicina, qual será nessa altura a esperança média de vida? Muito poderão opinar sobre isto, mas julgo que ninguém o saberá ao certo e, se as reformas têm os dias contados, eu pelo menos já não conto com a minha, se cada vez a natalidade é menor devido à quantidade de horas que temos que trabalhar e passar no trânsito, assim como a falta de incentivos do estado, como iremos suportar um sistema nacional de saúde com tantos idosos a cargo? Como iremos suportar as pensões e reformas dos idosos e os subsídios de desemprego que não pararão de crescer?
Isto é algo que me aflige e que me leva a por em causa todo o nosso sitema de valores, porque se em alguns países faz sentido haver controlo da natalidade, será possível que algum dia faça sentido existir um controlo de mortandade?
Dá que pensar...

sábado, 21 de março de 2009

A humanização dos políticos

É sempre a mesma coisa, em ano de eleições os políticos tornam-se mais humanos, mais solidários, mais empreendedores e mais justos.
Se tanto nos queixamos durante 3 anos do alheamento dos nossos políticos da realidade em que vivemos, durante o ano ou os meses que antecedem as eleições, provavelmente eles mudar-se-ão de armas e bagagens para o seu antigo bairro, abandonando o condomínio fechado em que se isolam durante o restante tempo, tornando-se mais solidários e mais preocupados com as injustiças que se verificam.
Já defendo a limitação do número de mandatos dos partidos no poder, tal como se verifica para o político individual, começo agora a questionar se não valeria a pena, diminuir a duração desses mesmos mandatos, poderia ser que dessa forma, pudéssemos ter políticos mais humanos durante grande parte do tempo...

terça-feira, 17 de março de 2009

Sonhos

À distância de 650Km, consigo ouvir o som de todos aqueles que amo e que me suportam nesta luta desigual, contra esse descontentamento que me preenche quando penso no que poderia fazer e no que faço na realidade. Os anos vão passando e os sonhos, esses, permanecem por realizar, dando-me esperança na forma de ansiedade para que possa realizá-los o quanto antes. Apesar de estar próximo dos 30, sinto-me uma criança a puxar a corda que me há-de fazer realizar todos os meus sonhos. Quando do outro lado a força se acabar, a minha permanecerá por mais uns segundos e tudo virá assim, facilmente ter comigo, depois de tanto esforço. Quero-vos a meu lado quando isso acontecer, pode ser que ainda não tenham realizado os vossos e que eu vos possa ajudar a fazer ceder o outro lado da corda...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Em casa

De frente para a janela do quarto de hotel, a lua quase cheia, espreita-me por entre os cortinados, iluminando os telhados da cidade da Figueira da Foz. Aqui ao lado o casino alberga uma série de seres que por ali deambulam na esperança da fortuna fácil. Amanhã regresso a Lisboa, minha bela e incomparável Lisboa! Tenho escrito pouco é verdade, mas nem por isso deixo de pensar neste mundo que imagino transparente, talvez seja apenas uma fase de menor inspiração e de mais esforço, não sei, sei apenas que me sinto em casa aqui neste blog.

terça-feira, 10 de março de 2009

terça-feira, 3 de março de 2009

Tabernas

Gosto de tabernas! Tenho sempre uma ao pé de casa, pronta a receber-me. Não sei se são os azulejos brancos ,o balcão de mármore barato ali dos lados de Sintra, se os croquetes e as xamuças em exposição, mas algo me faz sentir ali, como se estivesse no coito enquanto jogo à apanhada com os amigos. Não é que costume lá ir acompanhado, pois vou até quase sempre sozinho, nem tão pouco é pelo cheiro a vinho ou a aguardente que por ali se mantém entranhado, pois apenas lá vou para beber café. Pode ser das pessoas, encontra-se quase sempre alguém que vale a pena ver, um treinador de bancada, um revolucionário derrotado pelo álcool ou um antigo pugilista de 82 anos que ainda me despachava com uma perna atrás das costas. Cheira-me que vou lá amanhã antes de sair, dar uma vista de olhos pelo jornal Abola enquanto bebo o meu café matinal, pode ser que dê de caras com um militar de Abril que me revele que afinal nada daquilo se passou assim como nós pensamos...