quinta-feira, 28 de maio de 2009

MEP ?



Estou indeciso desta vez. Sou mais um daqueles que não sabe em quem votar para as "Europeias". Por um lado temos o PS com Vital Moreira à cabeça e, se já me enjoavam os posts que colocava no seu blog, defendendo cegamente o seu Sócrates, agora a falar a coisa ainda piora mais. Por outro, temos o PSD, com Paulo Rangel e o seu discurso cheio de soluções fáceis, estranho por vir de um Partido que já tantas vezes ocupou a cadeira do poder e que nada fez de notável. O PP está excluído à nascença das minhas hipóteses de voto, pois seria impensável para mim votar em cristãos ortodoxos e populistas, a CDU com o seu discurso pré-histórico auto-exclui-se por si só, sendo que, falando de partidos, me resta o BE, de quem desconfio profundamente por insistir em apenas criticar sem quase nada propor, sendo que o que propõe são apenas coisas utópicas e descabidas, tendo em conta o panorama da economia global em que estamos infelizmente inseridos e dependentes.
Desta vez com o voto em branco a atrair cada vez mais a minha atenção, talvez vote num Movimento independente, como o MEP, encabeçado por Laurinda Alves.
Reconheço que ainda não conheço a fundo as propostas que apresentam, mas prefiro de qualquer forma votar em alguém que pense pela própria cabeça do que naqueles que tão mal têm feito ao meu querido Portugal, naqueles que vão como deputados europeus para Bruxelas, seguir apenas as indicações dos respectivos partidos europeus.
Porém, votar é indispensável e desejo, apesar de saber que isso não vai acontecer, que as pessoas expressem a sua opinião nas urnas, pois é apenas ai que ela conta para alguma coisa por isso aproveitem.

sábado, 23 de maio de 2009

ali à beira mar


Já fui à praia, já comi caracóis e ontem já provei umas cerejas. O verão aproxima-se e o ar parece querer-nos abraçar quando escurece. Apetece andar descalço pela casa, beber imperiais ao final do dia numa esplanada com vista, de chinelos e calções. Apetece ver os sorrisos bronzeados dos nossos amigos, afugentar moscas que insistem em nos fazer ver que a vida não é perfeita e caminhar sobre a areia molhada, com as ondas a subirem-nos pelas pernas, enquanto o sol se põe num final de dia perfeito, com o ar a querer abraçar-nos aos dois, como que invejando o nosso abraço à beira mar.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

A folha em branco

A página em branco, insistia em não desaparecer do ecrã, parada, imóvel, fixava os seus olhos implorando, num silêncio angustiante, que ele a pintasse de outra cor, de outro sabor que não aquele. Para aqueles que pensam que uma folha em branco, é incapaz de exteriorizar qualquer sentimento, aquela era a demonstração cabal e inequívoca da sua mais que evidente vida própria.
Tal como as páginas preenchidas por caracteres, aquela, virgem de qualquer significado, abria portas à imaginação de cada um que a olhasse com mais atenção. Dos poucos capazes disso, sentimentos vários e distintos, tal como eles eram entre si, lhes surgiam. A ele porém, transmitia-lhe uma angústia demasiado desconfortável, que lhe fazia deitar as culpas para cima daquela pobre folha, que apenas se sentia injustiçada por continuar assim, sem qualquer efeito digno de realce.
Perdidos em trocas de culpas, que despejavam num monólogo interior, esqueciam que juntos poderiam construir algo único, que nascido da raiva causada por aquela sensação de impotência, poderia, caso esquecessem rancores inúteis, resultar em algo sublime. Pena é que, culpas à parte, haja quem não saiba o que fazer com algo assim, imaculado e puro, prestes a tornar-se naquilo que cada um de nós sonhar.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A génese

E porque a corrupção me enoja, fica aqui a notícia que faço questão em publicar. Na génese das coisas, encontramos quase sempre as causas de todos os problemas.

terça-feira, 5 de maio de 2009

O Desafio



De lá fugiu assim que pôde, tornara-se impossível suportar aquele sitio. Não valia a pena contrariar as evidências, de tamanho incómodo e mal estar que lhe provocava aquela gente, naquele lugar. Iria viver de outra forma, desafiar todos os seus medos e encarar a vida como ele queria e não como todas as regras da normalidade lhe impunham. Esquecer os preceitos e aceitar a vida de frente, seria o seu próximo e eterno desafio.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Desanuviemos



E para desanuviar, nada como uma mudança!

domingo, 3 de maio de 2009

Mãe,

lembro-me de estares comigo de mão dada, a atravessar a estrada, que tão larga me parecia, a caminho do hospital. Chamaste um táxi porque não parava de me queixar daquelas malditas dores súbitas. Já no consultório, com o médico a analisar-me e eu a chorar de dores, condenando aquele doutor sem escrúpulos a prisão perpétua por me fazer sofrer assim, lá estavas tu, ao meu lado de mão dada.
Sou homem e jamais irei saber como será sentir um amor de mãe, desses que não só nos ampara, como nos quer impedir de balouçar por ai à deriva, posso apenas analisar o teu comportamento e tentar perceber, a muito esforço o que é um sentimento assim, natural como o teu, mas de facto, admito que nunca irei perceber por completo.
A caminho de Setúbal, a sentir-me a sufocar, com aquela maldita tampa de plástico entalada na garganta, lá estavas tu, ai estávamos todos aliás, mas tu sempre, a proteger-me, a mim filho mimado, por te sentir sempre presente.
És a minha mãe, parte do meu próprio ser, parte de tudo aquilo que eu sou e do que virei a ser e, talvez por isso me sinta descansado, consciente de que me irás sempre apoiar sempre que for ou não preciso e eu, que preciso de me sentir independente, por vezes vou queixar-me de tanta atenção, mas no fundo sabes, tal como eu sei, que vivemos um amor impossível de acabar.

sábado, 2 de maio de 2009

Viagens secretas

Este é sem dúvida, um homem com moral para criticar todos os políticos lá do continente! Cubanos!