O escritor António Lobo Antunes, afirmou, ontem no Porto, que "os livros em Portugal são indecentemente caros". É pena este génio da literatura Portuguesa não falar um pouco mais sobre aquilo que pensa sobre o tempo em que vivemos.
Ao contrário deste, José Saramago, fala um pouco mais, não hesitando em revelar os seus mais profundos pensamentos sobre a actualidade e muito bem. Comunista convicto, mas independente na forma de pensar.
Há outros, que também falam sobre o real estado deste País, entre eles João Cravinho, Medina Carreira e António Marinho Pinto. É sempre com muito prazer, apesar da falta de impacto mediático, que os ouço dissertar sobre os problemas óbvios e de difícil resolução deste nosso pequeno País. Mário Soares, na sua forma eloquente e rebelde, também lança de quando em vez, alertas sobre possíveis perigos, que as acções actuais, possam vir a representar no futuro, principalmente ao nível internacional. Infelizmente, são poucos e por cá dá-se pouco interesse ao que os "velhos" dizem. Prefere-se pensar que estes já lá estiveram e nada souberam fazer, porque haveremos agora de estar a ouvir esta cambada de chatos?
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