quarta-feira, 25 de março de 2009

O futuro a alguém pertencerá

No outro dia pensei que tinha realizado a minha boa acção do dia, ao ajudar uma velhota, ainda por cima espanhola, a passar para o outro lado da rua.
Mais tarde, já no quarto de hotel, a minha mente divagou para a problemática do exponencial aumento de idosos a nível Mundial, para o qual essa idosa espanhola, contribui sem sombra de dúvidas. Daqui a 50 anos, terei 79, quase 80 anos e, tendo em conta o desenvolvimento assombroso e assustador da medicina, qual será nessa altura a esperança média de vida? Muito poderão opinar sobre isto, mas julgo que ninguém o saberá ao certo e, se as reformas têm os dias contados, eu pelo menos já não conto com a minha, se cada vez a natalidade é menor devido à quantidade de horas que temos que trabalhar e passar no trânsito, assim como a falta de incentivos do estado, como iremos suportar um sistema nacional de saúde com tantos idosos a cargo? Como iremos suportar as pensões e reformas dos idosos e os subsídios de desemprego que não pararão de crescer?
Isto é algo que me aflige e que me leva a por em causa todo o nosso sitema de valores, porque se em alguns países faz sentido haver controlo da natalidade, será possível que algum dia faça sentido existir um controlo de mortandade?
Dá que pensar...

2 comentários:

Anónimo disse...

Já leste «As Intermitências da Morte» do Saramago?

Bruno Leal disse...

Li só até meio, mas deu para perceber a ideia...