quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A morte anunciada

Foi nesse madrugada que lhe foi anunciada a sua morte...
Embora esta fosse à muito previsível de acontecer, ele tinha uma réstia de esperança de lhe poder ser dada mais uma oportunidade. Na realidade a notícia que agora estava a receber, era unicamente uma consequência dos seus actos terrenos, e embora ele tivesse até determinada altura tido a hipótese de ter seguido outro caminho , nunca o fez, e era o reconhecer dessa sua culpa que o deixou em pior estado. Como tinha sido teimoso e negligente...
A notícia foi-lhe dada friamente e sem qualquer intenção de negociação. Acabara, e agora de vez...
Como iria encarar esta sua nova fase, o que iria fazer, como a resolver? Perdera o direito à vida, e só agora percebia o quanto a queria viver e o quanto a desperdiçara. Se pudesse voltar atrás... Mas não podia...
Enquanto todas estas ideias devaneios e sentidos de culpa lhe castigavam a alma, o seu corpo perdia o controlo e a razão evaporava-se juntamente com as lágrimas que lhe corriam pelo rosto. De tudo o que ouviu recordou uma frase em especial: "Só a morte não tem remédio".
Mas não era à morte que acabara de ser condenado?!

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